quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Sobre o tal "amor" próprio.








Amor próprio é quando a gente aprende trocar
a palavra "disponível"
 pela frase "fui cuidar de mim".




Voltando depois de um ano sem escrever nada, com um texto simples e convencional.
Pra que ligarem pra nós, se a gente sempre liga pra eles? Pra que falar, se sempre falamos por eles? Pra que se preocuparem conosco, se vestimos essa palavra com todas as letras possíveis? Mania de luzinha verde, exatamente a mania que as pessoas, quando entram em alguma relação, tem. Luzinha verde do "disponível". Deixamos de ir pra academia se a hora da academia coincidir com o único horário que veremos a pessoa amada. Chegamos atrasados em compromissos pra ficar mais alguns minutos dando aquele beijo de despedida que sempre quer ser beijo de início. Até sorrir diferente a gente aprende. Aprende viver o outro.

E isso acontece involuntariamente com todo mundo. Posso afirmar com quase toda certeza que nenhuma pessoa pode dizer que nunca se encaixou nas características descritas acima.

Já leu o prefácio de algum livro? É todo encantador e promissor. Se o prefácio for bom, o livro pode ter até mil e quinhentas páginas ou mais, que animaremos ler. O problema é quando o livro é só um prefácio. E ai, quanto mais enrolado e bonito o prefácio parece, mais de todas aquelas coisas que em resumo, somos nós mesmos, vamos abrindo mão. Queremos tanto o primeiro capítulo, o segundo, o terceiro, etc que vamos indo (eu sei bem o que é isso, tenho umas 4 sagas incompletas), ficando, engolindo. Só que uma hora, na maioria das vezes uma coisa mínima, nos acorda. E ai, a gente até lembra das tais voltas que o mundo dá, e a única coisa que conseguimos pensar é: "Foda-se"! Não ter que ficar adiando a hora da academia. Não ter que ligar pra saber se chegou bem, se esta bem, ou se ainda esta no caminho. Viver a vida em razão de você mesmo, ir à praia, ao cinema, ao teatro, lanchar ou jantar num local bacana observando a vida ao redor e ver que existem pessoas legais e interessantes, mas sem abrir mão de quem você é a melhor opção.

Pois é, ter um "namorado" pode até suprir a carência daquela noite fria e solitária, mas pra que existe os edredons, travesseiros e a internet? kkkk... E ai a gente descobre que amor próprio é coisa rara e que de vez em quando a gente não tem. Mas, que ainda bem, Deus não nos deixa morrer sem.

5 comentários:

  1. Meu Deus ate me assustei quando chegou uma notificacao no meu celular um post seu, achei que tinha excluido o blog e tudo.

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  2. Angela Costaoutubro 15, 2014

    Voltou com tudo hein, adorei o texto.

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  3. Adorei o texto, amor proprio é o que há. Amei seu visual.

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  4. CARA QUE LOUCURA, SONHEI COM VOCÊ E ABRO SEU BLOG PRA LER ALGO ANTIGO E ME DEPARO COM ESSE TEXTO NOVO.

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  5. Lindo texto, amei.

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