15 anos Novamente

"Não é nem um pouco fácil ser adolescente. E, eu juro, eu te entendo".
Foi à frase que eu disse para Giulia sobrinha do Thomas, ao vê-la entrando no quarto gritando a típica frase:
“Não me peçam para pensar com uma cabeça de 40 anos. Nem me falem sobre a vida como se eu tivesse 8. eu tenho 15 anos. 15, entende?”

Curioso ou não essa frase também se encontra em uma das minhas agendas. Foi o que eu escrevi algo parecido no ano em que eu completara 15 anos.
Como já contei, no meu tempo (ai!) não tinha esse negócio de postar em blog. Então, a gente escrevia tudo o que pensava, tudo mesmo, na agenda. Às vezes, inventava uns códigos para falar de coisas “proibidas” – as mães ficavam doidas atrás das nossas agendas. (duro é que hoje não consigo mais entender nada dos códigos também.)

Rever as agendas foi uma idéia que tive, na casa da Marina, dia desses. A Bárbara levou a dela, a Isa e a Ciça levaram umas 3, o Bruno e o André também levaram, as agendas antigas deles. Eu levei várias. O mais legal dessa troca de experiências e dessa viagem no tempo foi lembrar por que ser adolescente é, assim, tão difícil.
E também tão especial: ao mesmo tempo em que estamos descobrindo um monte de coisas sobre nós mesmos, não temos a menor noção de quem vamos ser. Ao mesmo tempo em que experimentamos a independência pela primeira vez, precisamos dos nossos pais para autorizar e bancar nossos sonhos.
Ao mesmo tempo em que temos que escolher uma profissão pro resto da vida, temos que estudar pra passar na prova de inglês.

Lembrar direitinho como era ter 15 anos foi muito legal. Porque é mesmo um grande desafio falar com você sem estar, exatamente, na sua pele. E este é um dos grandes desafios de todo mundo que já passou por essa fase: entender você.

Um beijo.