quinta-feira, 22 de maio de 2008

Tudo muito colorido

Trocamos alguns beijos atrás da escola e foi tudo tão normal. Senti o mesmo frio na barriga, as bochechas vermelhas e o nervosismo. O fato dele já ter namorado com um garoto não me impediu de sentir todas essas sensações e de esperá-lo na hora da saída para, então, ficarmos.
O que eu pude perceber é que o preconceito é bem maior do que a experiência em si. Um colega me perguntou como pude beijá-lo, sendo que ele tinha fama de homossexual. Nunca me senti uma aberração por isso, nem mesmo o julguei por ser indeciso sobre sua opção.
Ao longo da vida, desfrutamos de múltiplos desejos. Se hoje a vontade de comer chocolate é maior do que saborear uma fruta, daqui alguns anos isso pode mudar completamente. E eu acredito que o prazer por algo ou por alguma pessoa pode variar sim, até porque, tem tantos meninos e meninas incríveis espalhados pelo mundo! Além de sermos mutantes, somos curiosos. E nesse mundo todo colorido, não vejo porquê não arriscar e curtir uma paixão, mesmo que você tenha tido uma relação com alguém do mesmo sexo.
As paixonites surgem e, se você demora para pensar se vale a pena ou não, deixa de viver. Deixa de curtir uma coisa que pode ser boa para ambos os lados, que pode acrescentar na sua personalidade, quebrando tabus e adquirindo novas opiniões. A minha maneira de ver essa situação mudou devido a troca de carinho e respeito em que tive com esse garoto. E quanto eu sinto que algo só me trouxe coisas boas, descarto qualquer arrependimento.
Na prática, eu aprendi (não só a beijar, mas também a ver que todo mundo tem direito a se apaixonar por qualquer pessoa, independente do seu sexo ou cor).

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