Ao classificar a Argentina para a copa de 2010, Diego Maradona se livrou de ser associado ao maior fiasco futebolístico de seu país. O titulo pertence a Marcelo Bielsa, eliminado na fase de grupos do Mundial de 2002.
Não queria perder tempo explicando por que a Argentina não poderia ficar de fora da Copa do Mundo (vocês sabem que eu não ligo muito pra futebol, mesmo tendo um irmão jogador Só me interesso por assuntos ligado ao fenômeno, como já coloquei dois post dele aqui e vocês souberam opinar e respeitar minha afeição pelo tão aclamado Ronaldo. Mas como ele não é o tópico do post vamos ao que interessa). Parece-me obvio, e tenho verdadeiro horror a quem desperdiça bons personagens e ótimos roteiros.
Mas, quando li uma reportagem no jornal carioca O Globo com o titulo “Maradona volta à Copa”, senti um arrepio: uma das maiores lendas vivas do futebol está voltando ao torneio máximo da Fifa. Para competir.
Um desafio de alto risco, comum em uma biografia pontuada por atitudes controversas e ocorrências extremas. Completamente desprovido de senso de auto preservação, Maradona consumiu cocaína, atacou jornalistas com aramas de ar comprimido, teve obesidade mórbida, infartou e, por fim, virou técnico da Argentina.
É um homem obcecado pela idolatria pública – não por acaso, gosta de ser fotografado com Chávez e Fidel – e, sempre que possível, vai buscar os holofotes. Não pensa igual a astros como Pelé e Zico, que não aceitaram ser técnicos no Brasil nem do Brasil, embora cogitados; a forma mais rápida de manchar um passado é acumular uma série de derrotas.
Maradona não se importa com isso. É como se ele se devesse a chance de reparar, como treinador da Argentina, tudo que fez de ruim para si mesmo e para o futebol albiceleste. Comandando trunfos como Juan Verón, Carlos Tevez e Lionel Messi, ele pode dar à torcida a alegria que não obteve em 1994, quando foi excluído do mundial sob acusação mal explicada de doping.
Vinte e quatro anos depois de erguer a taça, Maradona poderá chegar a uma conquista redentora e dar bananas para seus desafetos – além da imprensa, a fifa, que o baniu em 1994 (leiam-se o ex-presidente João Havelange e o atual, Joseph Blatter) e Julio Grondona, presidente da associação de futebol Argentina; embora em cessar-fogo estratégico, Maradona não o perdoou pelo abandono jurídico no caso da efedrina em 1994.
Por fim, a Copa da África do Sul verá a história de um astro que, aniquilado como jogador, volta como técnico, disposto a viver uma cruzada pessoal. É quase um remake do épico Gladiador, de Ridley Scott.
Um filme imperdível, a ser acompanhado nos intervalos da campanha de dunga pelo hexa.
Perfeito esse post sobre o Dieguito Maradona... muito bom!
ResponderExcluirlouco post, realmente vc não curte futebol não. mas eu não li ainda os post sobre o fenomeno que vc mencionou. como encontro?
ResponderExcluirperfect, post!!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, pegou pesado hein! Pow precissava mencionar que o cara fez tudo isso? Mas o classico Gladiador 2 eu não quero perder.
ResponderExcluirPow acho o cara um guerreiro mesmo, ele passou pelo que passou e conseguiu seu lugar ao sol!
ResponderExcluirRealmente quero ver esse duelo de titas, ele pelo retorno aos gramados e Dunga pelo hexa! kkkkkkk
ResponderExcluirMeio louca essa história do Diego Maradona né!
ResponderExcluirCurto muito o futebol argentino, e se Diego conseguiu é porque ele é capaz.
ResponderExcluirSempre que posso eu vejo um time argentino jogando, e quando eles perdem ai é festa mesmo.
ResponderExcluirQuem atribue à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. acho que ele se superou.
ResponderExcluirSou contraverso não quero dar opinião, mas quanto ao filme eu quero assistir.
ResponderExcluirPerfeito post sobre o Astro do futebol, argentino.
ResponderExcluirConcordo com o teu ponto de vista, eu também não curto futebol não, mas meu namorado é fissurado. fazer oq né!
ResponderExcluirO Maradona merece, sim ser o técnico da seleção da argentina, mas tem gente que torce pelo fiasco.
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