Deixo de lado o tão famoso assunto Bulling e assassinatos em escolas, para mudar um pouco a rotina dos meus queridos 15 leitores.
Para ir direto ao assunto: andando pelo centro do rio, deparei-me com um anuncio de sex-shop. Entre outros artefatos de ignição da alcova, estavam três palavras que me assustaram: ”cápsula explosiva vaginal”.
Como nenhuma mulher soube me explicar, fui ao google. Descrevendo de forma polida, é uma espécie de “bom ar” intimo: no momento em que explode, a cápsula libera essências que podem ir de perfumes importados (prometem CK One e Giorgio Armani) ao prosaico chocolate. Cada cápsula custa míseros R$5.
Enfim, quem anvisa amigo é.
Mas há algo de sintonia, de espírito do tempo nessas coisas. No livro Carnaval no fogo, Ruy Castro observa que na cidade do rio cresceu e se desenvolveu co base no binômio sexo-violência. Das nativas seminuas às rainhas de bateria, das invasões francesas ás guerras entre policia e traficante, o rio sempre esteve entre o libido exacerbada e o canto seco da pólvora.
Muito natural que, em tempos de granadas que explodem em depósitos de lixo, como aconteceu este mês em Gericinó, zona oeste, também se ofereça ao sexo dos cariocas a possibilidade de uma “denotação”.
E aí surge a cápsula explosiva vaginal, que certamente teria menos apelo comercial se chamada fosse de “granada de vênus”. “Cápsula explosiva” traz a modernidade apropriadamente marqueteira, e “vaginal” é daquelas palavras que até os bloguistas mais calhordas usam para chamar atenção aos seus textos.
No fim, o que chama atenção é a nossa necessidade de incrementar tudo. A natureza não basta à humanidade, e isso foi de supremo valor para todas as transformações que criamos para nosso conforto. Os avanços tecnológicos, científicos e, por que não?, artísticos preencheram os vazios que nossos anseios encontravam. Se o inconformismo do homem diante do mundo provocou sua criatividade e levou ao progresso de várias áreas, por que o sexo ficaria alheio a todas essas vontades de aperfeiçoamento e experimentação? Logo o sexo?
Só acho que a humanidade de hoje acharia repulsiva (ou entediante) a cópula de sete séculos atrás. Talvez as duas gerações de humanos nem conseguissem se reproduzir, caso se encontrassem numa brecha do tempo.
Sem radicalizar tanto, o inglês Nick Hornby pôs em seu romance "Alta Fidelidade" (1995) um dialogo do personagem pré-quarentão Rob com seu pai, que lamentosamente lha dizia algo como “a minha geração não chegou a conhecer a trepada do século”.
Já eu não farei questão de conhecer a cápsula.
O post é muito engraçado... e logo hoje num dia que explodiu uma fabrica de fogos de artifícios!
ResponderExcluirrsrsrsrsrsrs, jura que vc fez isso? não creio.
ResponderExcluirFala serio isso é verdade? explodi mesmo... e tem cheiro e perfume caro?
ResponderExcluiracho muito estranho isso, mas será que não machuca?
ResponderExcluirRidículo, esse texto.
ResponderExcluirChao muito engarçado esse tipos de propaganda de sex shop, ficou muito assustada também.
ResponderExcluirComedia! esse post! Juro que morri de rir!!!!
ResponderExcluirTexto muito bom!!!
ResponderExcluirNunca vou conseguir ler coisas sobre sexo! Esse post acabou com todos os meus medos...
ResponderExcluirMó moral... esse texto é medonho, juro!!!!
ResponderExcluirHoje estava meio assim mas depois que li esse texto me animei...
ResponderExcluirBomba na vagina? essa é nova aki no Paraná não tem não. pelo menos eu acho!
ResponderExcluirPior que, ter uma bomba lá é ter uma sogra má!
ResponderExcluirlouco... mas o texto ta bem escrito!
ResponderExcluirperfeito! texto muito bom...
ResponderExcluirperfeito esse post!
ResponderExcluirRsrsrsrsrsrsrs, muito louco!
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