Aqui em casa, nunca se falou de sexo. Na hora picante da novela das 8, ou minha mãe me mandava para o quarto ou ficava aquele silêncio constrangedor na sala. Mesmo assim, desde novo sei tudo sobre camisinhas, DST, gravidez e até sobre ponto G. Como? Lendo.
Cresci com a cara enfiada em gibis e revistas. Com eles, aprendi palavras novas, como quando chamei minha mãe de "entojo" (o que me fez descobrir outra leitura- o dicionário!). Também aprendi a ler as linhas da mão, ver se o menino está afim de mim e, sobretudo, sobre a antes e depois da tal primeira vez.
No colegial, uns amigos e eu conversávamos nos intervalos sobre sexo. Não tínhamos experiência sexual para dividir, mas tínhamos muitas curiosidades e dávamos muitas risadas quando nos imaginávamos fazendo "aquilo". Aliás, nunca chamávamos as genitais pelos nomes certos- herança da repressão da mamãe. Para nós, era embaraçoso falar de pênis e vaginas nos corredores de um colégio.
Na realidade, nossa inexperiência nos tornava românticos. Embora eu fosse letrado na parte biológica da coisa, e muitas vezes esclarecer mitos e lendas para meu grupinho, experiência de verdade eu não tinha. Para falar a verdade, sinto saudades daquele tempo: sexo era uma espécie de ritual mágico, de onde eu, sonhador do jeito que sou, sairia mais maduro, feliz e com um príncipe apaixonado. Bem, se for para comparar com minha primeira vez, era melhor ter ficado só no sonho mesmo.
Incrivel, falou, falou e não contou como foi a sua Primeira vez! Continua o mesmo Mel de sempre! Bjins...
ResponderExcluirNossa que tever assim conversando sobre tal pratica imagina que seus pais sejam sexualisadores, rsrsrsrs
ResponderExcluirmenino! quanto tempo heim!
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