quinta-feira, 16 de abril de 2009

Corra, garoto, corra!

Mas bem devagarinho pra não machucar. E nunca sozinho.

Adoro correr. Me sinto leve, feliz!
No ano passado, decidi que queria fazer uma maratona(42km!) e saí correndo feito louco. Num dia, 30 minutos. No outro, 40, e no outro, uma hora. E no sabado uma hora e meia. Não deu outra: lesionei as duas pernas. O médico me mandou parar por pelo menos três messes – sofrimento monstro.
Aí, no fim do ano, comecei de novo, dessa vez com um professor. Durante um mês seguido, corri dia sim, dia não, só por 20 minutos. Depois, no outro mês, aumentei um pouquinho, só cinco minutos. E, agoracorro às vezes 35, às vezes 40. mês que vem, entro nos 50.
Ainda me parece fácil, perto da hora e meia, mas percebi que para ir longe, teria que conquistar cada minuto para ter certeza de que meu corpo aguenta. E que não poderia fazer isso sozinho. Por mais que tivesse fôlego, precisava da orientação de alguém mais experiente.
Estou postando essa história porque, ontem durante o treino, achei tudo muito parecido com o jeito como a gente leva a vida quando tem 14, 15 anos.
A gente já se acha grande e maduro, capaz de fazer tudo: viajar sozinho, voltar às 3 da manhã, dormir na casa do namorado. E, muitas vezes, entrar nas maiores roubadas justamente porque não estava preparado. E porque não quis dar ouvidos a ninguém (muito menos nossos pais, né?).
Meu pai sempre diz, de um jeito bem calmo, que “tudo tem seu tempo”. E eu ficava frustrado, batendo pé.
Mas, no fim das contas, sei que o quanto foi ter que negociar cada balada, cada fim de semana na praia, cada carona com meus amigos que tinham carro. Conquistei minha liberdade aos poucos e me tornei um garoto responsável. Valeu, pai!
E você, também pode escolher e fazer sua maratona. É só ir aos poucos, ceracdo de gente que te quer bem e sabe (ao menos um pouco) mais que você.

Um beijo....

4 comentários:

  1. Adoro seu blog!!!!!!

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  2. Kamilla Barcelossetembro 13, 2009

    Muito bom o texto!!!

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  3. muito legal seu blog, texto muito bom!

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  4. Verdade quando crescemos nem damos importância pro que nossos pais nos falam... Texto ótimo.

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