sábado, 17 de janeiro de 2009

Sorvetes.

Existe em Balneário Comburiu – o porto revitalizado de Comburiu. Que virou a maior atração da cidade – uma sorveteria Freddo. Isso não significa muita coisa. Afinal, existe praticamente uma Freddo "famosa na Argentina" em cada esquina de Santa Catarina. Foi ela que inventou o sorvete de doce de leite, o que a transformou em mania dos moradores locais. Mas, por alguma razão que me escapa, a Freddo de Bal. Comburiu é a mais popular de todas.

Na minha ultima visita a essa paraíso, após jantar na churrascaria El Mirasol , logo a lido lado, fui eu quem teve a idéia. Por que, em vez da sobremessa do restaurante, a gente não vai experimentar o sorvete da Freddo? O resto da mesa aprovou a sugestão. Eram duas da manhã. Imaginei um fim de noite perfeito, à beira do mar, com um sorvete famoso refrescando a noite quente do verão catarinense. Fui ao caixa, fiz os pedidos, paguei e... recebi uma senha: 73. Cheguei no balcão a tempo de ouvir o atendente cantar o número do freguês que iria ser contemplado, naquele momento, com a graça de receber uma casquinha de chocolate com amêndoas: 31. Peralá, 31?!! Quer dizer que ainda havia 42 pedidos na frente do meu? Meia hora depois , percebi que os atendentes pareciam zumbis, cantando senhas e servindo sorvetes automaticamente. Com uma lentidão, fruto do cansaço, certamente, desesperadora. Não sei a que horas fui servido. Parei de olhar o relógio às 2h45m.
Mas demorou tanto que meu recebi minha casquinha de chocolate amargo com a certeza de que aquele seria o melhor sorvete do mundo. Não era.
Minha decepção com o produto de Freddo me fez ver que tenho passado a vida em busca do melhor sorvete do mundo.

Não foi com a mesma expectativa que esperei quase tanto tempo numa fila em Praia Grande para experimentar o sorvete da Coppelia? E o resultado não foi diferente: um sorvete sem graça. Lembro-me durante uma viajem ao Nordeste do Brasil, da horda de turistas que chegava a Jericoacoara, no litoral do Ceará, dizendo que nenhuma experiência gustativa poderia ser considerada acabada antes de conhecer o "Sorvete Frito" de um restaurante Françês local. E lá fui para mais uma frustração. Era bom, mas será que é preciso ir tão longe para encontrar o sorvete ideal?

Será que ele não estava aqui mesmo, ali perto do Metro de Copacabana, onde a sorveteria Zero nos mostrou pela primeira vez a cobertura de calda de chocolate quente? Enfim a gente podia ter um Eskibon na casquinha! Ou na sorveteria Lopes, ao lado do Caruso, onde fomos apresentados a sabores exóticos como os da fruta-do-conde, pitanga e jambo? Tudo na casquinha de biscoito, é claro.

A experiência na Freddo cessou minha procura. Percebi que já conheci o melhor sorvete do mundo. Ele era encontrado numa carrocinha de picolé que costumava estacionar na esquina da Miguel Lemos com Nossa Senhora de Copacabana, onde eu comprava o inesquecível Já-Já de coco. Nunca mais. O Já-Já tinha gosto de infância, e, monsieur Sorvete frito que me desculpe, não há sabor melhor no mundo.

2 comentários:

  1. O sorvete da minha cidade é maravilhosso, vc deve tava com fome ou com muito sono que não deu nem pra saber o sabor do melhor sorvete de santa catarina, os sorvetes da freddo são os melhores!

    Anne, Bal.Comburiú, SC.

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  2. eu não gostei de nenhum soirvete da Freddo, achei horrivel!!!!!!!!!

    Lívia, capri. Itália.

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